quinta-feira, 18 de março de 2010

Ele era visivelmente desequilibrado,andar na corda bamba era o seu forte,embora andasse em espirais[e a queda era inevitável].Eu que cresci andando em linhas retas ,em ambientes que tentavam a todo custo passar a mensagem de mundo são ,ficava paralisada com aquele cara tão alheio a tudo...e desde muito eu sentia que essa verdade de mundo asséptico e cordial era puro plástico.Era só sair nas ruas,ali as aparências não enganavam.Tinha cigarros,fome,Sartre e inflação.Ali era uma mistura de luxo ,delírio e decadência.Como andar em linha reta se esta reta me leva ao trampolim do qual eu pularia ao encontro do trivial?Ali eu cairia em águas de tempos & conceitos passados,me vestiria de armaduras velhas e sem movimentos.Não posso me enganar tão fácil assim.Precisava de Henry Miller,Huxley,goles de uísque ou golpes de Kerouac.Precisava das coisas belas ou sujas,só não podiam ser artificiais.Dor ou prazer?Tanto faz,praticamente tinham o mesmo gosto(só precisavam ser reais).E no meio de tantas coisas e de tantos ,ele estava ali,dançando e se desequilibrando na corda bamba ,então eu parei de andar em linha reta pra ver aquele balé dessincronizado,que me provocava riso e me tirava do sério.Quando olhava naqueles olhos que iam mais longe do que tudo e quase queimavam minha retina,eu tinha medo,medo de não mais enxergar mas talvez sem enxergar...eu pudesse ver mais,era só segurar a mão dele...
(Dine)

2 comentários:

Aline A. disse...

tão bonito...

Unknown disse...

kkkkkkkkkkkkkkkk
huahuahuhauha
tão lindo...
(são comentarios que deveriam ser evitados) mas tudo bem
o verdadeiro artista não é comprendido, e assim me sinto.(rio mt disso)
já vc compreendo mt bem. numa coisa é certa; vc é melhor que o "poeta contornonsense" ha ha

e o amor que seu texto se refere é totalmente imbecil.e isso é opinião.
( e olha! vc tem um outro comentário meu. artigo de luxo)