domingo, 11 de dezembro de 2011

Quase trisquei no céu
mas esqueci o aviso
tarde demais:
olhei para o chão
tive medo,
c
a
i
(Dine)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

há anos consumimos carros e deuses
e nenhuma dessas opções é lá muito boa...

dine

Ditado popular amoroso

Corpo escaldado
tem medo
de gente fria
(Dine)
Quanto mais se movimentava
mais borrava a cena e os sentimentos
andava mesmo brincando
com tintas e quadros muito pesados
pintava cena por cima de cena
...

(Dine)

Da série: lições de moral (kkkk)

O tempo é a borracha de quem vive

muitas vezes apaga

outras é so corretivo...

(Dine)

Aos incontáveis fieis
rezando e olhando
uma imagem na parede
um lembrete:
não adianta as preces
uma imagem é sempre uma imagem
e elas não possuem
ouvidos e nem super poderes
(Dine)
Porque amor
é um verbo muito dificil
de conjulgar
qualquer deslize
um eu ou ele
juntos na hora errada...
dine

E o seu corpo
minha colcha de retalhos e sentimentos
meu abrigo em noites frias e quentes
(Dine

Alice

Em espirais
tobogãs
me sinto como se
tivesse comido
o biscoito de alice
sou pequeno grão de areia
corpo que cai
passeia
e não sabe
onde tudo isso vai dá
(Dine)

Hoje

Não ando esperando nada
e por isso mesmo
acreditando na possibilidade
de tudo...
(Dine)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Somos uma espécie de deus
em um corpo que apodrece
Apolo naquela estatua (ou no Olimpo)
sempre belo e forte
nós ,ao contrário:
envelhecemos
E como não enlouquecer
com essa ideia de deteriorização?!
Vivemos em épocas
que em clínicas estéticas
homens e mulheres procuram ser deuses...
a fonte da juventude não está ali
Frankensteins hipermodernos
estão na busca errada:
a imortalidade é bem mais que um corpo bonito!
dine]
Envelhecemos!
A sucessão de dias e noites
os relógios que nunca contam para trás
as lembranças de tempos passados
tudo isso não nos deixa esquecer:
envelhecemos!!!
A corrida contra cada badalada do relógio é em vão
o que se pode fazer é aproveitar a estadia aqui:
Vivamos!
(Dine)
Há anos consumimos
religiões e outros itens supérfluos ..
.Chegou a hora,agora:
navegar é preciso - rezar não!
dine
As lágrimas vão rolar
vai secar
olhos & sentimentos
então:
serão águas passadas!
(Dine)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Em tuas retinas
nada linear
uma confusão de
imagens & sentidos
caos de metáforas
que navio nenhum
consegue ancorar...
(Dine)

domingo, 20 de novembro de 2011

Incendiar o prédio inteiro pode ser perigoso
Há uma chance de que na hora H,você não queira sair do quinto andar e o fogo pode te consumir junto ao monumento...mas tem sempre aquela possibilidade de: você se desapegar a tudo e estar pronto pra inventar todo um mundo e não virar estátua de sal,sempre olhando p trás...
[dine]
A população olha pra TV e a imagem de felicidade que percebem é um aglomerado de pessoas comprando ,comprando...mas por que consumir tanto é sinônimo de bem-estar? A lógica é que quem tem dinheiro pode tudo,qualquer coisa que precise,poderá ter.Isso dá uma segurança a primeira vista:não passarei fome,terei acesso a cuidados com a saúde,terei uma residência.Itens básicos mas o consumismo e a ideia de felicidade,não se enganem:é mais um jogo de uma parcela da população que quer acumular riquezas.Passam dias com seus cientistas,psicólogos,sociólogos e o restante de sua equipe de marketing elaborando utensílios que nada dizem ou fazem de importante,serve só para fingir uma satisfação. E a felicidade? Possivelmente é só uma palavra e seu lugar mais real é no dicionário. Mas na hipermodernidade,o ser humano não suporta a sua fragilidade.Se acha tão superior por ter um modelo econômico liberal,onde quem tem dinheiro compra tudo...realmente acredita que pode comprar satisfações e remédios pra diminuir aflições.Conseguimos ir a lua e paradoxalmente não conseguimos entender o que se passa em nossa mente.Nos apegamos aos avanços tecnológicos como se eles fossem a salvação do novo mundo.Robô nenhum entrará em nossa mente e nos ensinará a pensar.Homem assombrado consigo mesmo procura as respostas nos lugares mais improváveis: nas religiões,no carro mais caro,na roupa da moda.Os mais racionais do mundo,não olham no espelho.O fato é simples:não sabemos para onde vamos,quem somos e de onde viemos.Estamos planando em mistérios.Que é assustador,isso é mas não pode ser motivo pra nos vendermos por tão pouco.Pra nos agarramos a qualquer coisa que diz ter a salvação.Nada no mundo dá conta de explicar o ser humano e sua existência.E o homem sente medo,e se encolhe em pequenas crenças...e tem medo do mundo,dos seus desejos e faz pra si sua prisão,pega conceitos infantis e eleva a patamares divinos...
A existência deveria ser uma constante experimentação e não repetições de velhas histórias banhadas em dogmas...

há anos consuminos religiõs e outros itens supérfluos ...chegou a hora,agora, navegar é preciso - rezar não!
[dine]

sábado, 19 de novembro de 2011

A juventude sempre está perdida...em cada década a mesma frase repetida... e como não haveria de estar perdida? Não sabemos como responder aquelas 3 perguntas filosóficas... de onde viemos,quem somos,para onde vamos?! Essa angústia causada pela impotência de responder com convicção faz estar perdido qualquer um ... mas a frase repetida inúmeras vezes nem se quer fala disso... é mais um deboche e ate um recalque de quem perdeu a coragem de ir a luta e finge não ver a movimentação dos jovens...que vários deles já nascem velhos,é bem verdade...mas não se enganem... eles estão por aí procurando novas rotas!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

E o teu corpo:
meu agasalho
em dias frios
(Dine)

domingo, 16 de outubro de 2011

A saudade bateu
em meu peito
com peso de chumbo
e a densidade
fez que ela afundasse
tal ancora no mar
em meu coração
ela ficou...
(Dine)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Fiquei cego de amor
e em braille vou ler
todos os traços do
teu corpo
e do teu desejo
que antes lia
em teu olhar
(Dine)

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Da janela ela via
o mundo alegoria passar
Baile de máscaras
farsa das ideologias
guerra de( ir)realidades
no parapeito da janela,
estava fora dessa dança tortuosa
e mais por dentro
do que qualquer dançante
dessa historia!
(Ariadne)

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Eu não sou
minha poesia
e aquele cara
que eu li ,
também não era você
tinha muito eufemismo nas falas
tinha muita metáforas nas formas
tinha muita licença poética
tinha muita imaginação
escondendo o que realmente era
pra ser visto.
Fechei logo o livro e a porta
uma coisa é histórias fantásticas
outra é um homem encharcado de mentiras
(Ariadne)
''Asas" pra que te quero...
Quero,
e por que não ia querer?
Pra ficar em casa,
preso só a tv?

(Dine)

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Há um asa em meu pulso
Custei a perceber
mas hoje ,
a toda hora
ando sobrevoando a cidade
e lá de cima consigo me ver
em pequenina forma
em grande redemoinho
de sentidos
e inúmeros pensamentos
Os anjos não existem,
fui aos céus e não avistei nenhum
o que existe mesmo
são as asas nos pulsos...
(Ariadne)

domingo, 14 de agosto de 2011

Hoje eu me senti incêndio
e águas rolaram de meus olhos
na tentativa de apagar
essas brasas astrais
Hoje eu me senti pó
primeiro euforia
depois vazio
Hoje foi líquido
preenchendo
todos os cantos
e chegando em todos os lados
de todas as formas!
(dINE)

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

É outono
e eu sou folha
c
a
i
n
d
o
esperando logo
florir
outra estação
em mim .
(Dine)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Despertar

Me sentindo nua de mim
me procurando
e não achando reflexo
em parte alguma
nem sombra de mim
onde onde
onde ando escondida?
parece que adormeci
e qual beijo vai me despertar?
nem traços de mim
me procurando
e não achando
vazio em mim
transparência antes do fim
uma certa dor,que não doí
mais bate na alma
e tanto bate,ate que perfura
talvez, com esse furo
eu olhe pela fresta da alma
e me enxergue lá do outro lado
não estava perdida
estava adormecida em mim.
dine

sábado, 4 de junho de 2011

A vida tem que ser
qualquer coisa maior que
a sucessão de dias e noite
e acumulo de anos,décadas...

(Dine)
Aqui

comigo

teu sonho

não corre

perigo
(dine)
Aqui
dentro de mim
estrada
sem fim

Ali ,
no breu,
achando o caminho
sou eu!

dine

domingo, 22 de maio de 2011

A perfeição existe sim
e é meio distorcida
pra não agitar a grande torcida
que não sabe pelo que luta ou grita

(Dine)
Mutantes tocando
e eu me desconectando dos
fios do nosso cotidiano
esses fios mais parecem nos amordaçar
nos prendem em uma jaula sem grade
marionetes nas nossas proprias vidas
Mutantes tocando
agora eu sei:
o contrario do nada é nada!!!
(Dine)

terça-feira, 26 de abril de 2011

Há fantasmas
em frente ao espelho
mas quando me fixo
em sua frente
só vejo a mim
(Dine)

sábado, 16 de abril de 2011

Os anos vão asfaltando nossa vidas

e deixando em buracos nossos sonhos

transformando sanqgue em argamassa

coração em pedra

A nossa estrada tá cheia de buracos

que nem os filosofos conseguem mais tampar

Os anos vão asfaltando nossas vidas

mas não curam as feridas

nossas experiências vão se petrificando

virão estatuas do que não tornaremos a ser

Meu braço e o seu não estão torcidos

nossas pernas não estão quebradas,

continuam no lugar

mas tudo anda meio engessado nesses dias

e nós,lado a lado já não conseguimos andar

(Dine)

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Sobre a existência

Deus existe sim

mas não é criador

de céus e mares

como se pensa...

é criatura

pedaço de fantasia

dos homens deuses

pequenos inventores

de criaturas e historias

fantásticas (Dine)

terça-feira, 15 de março de 2011

Quase infantil

Vamos comer pipoca?
Vamos compra coca?
Pra ficarmos ligados & saciados
Acordados pra sessão coruja...

(Dine)

sábado, 12 de março de 2011

Fiz um poema
reflexo do que sentia
e as letras refletiam
na tela do computador
sem esperar ele fez um logoff
e deixou tudo em off
(Dine)

sexta-feira, 11 de março de 2011

Uma rua despida
de propagandas e outros cartazes
Nos mostra corpos
(des)preenchidos de todo
recheio possível
Ossos frágeis
vidas secas
Nos becos:
pedra e pó
pra uns se sentirem menos

Lembranças de outros tempos
ajudam as vezes aliviar o desespero do dia
Mas em certas horas,
olhar para o passado é por a corda no pescoço
Há dias que viver não é uma dádiva,
é uma batalha e nem sempre quem esta nela
está lutando pra sair vivo
As ruas despidas de todas as propagandas
de como ter uma vida melhor
mais conforto & praticidade...
nos mostra são jogadas pelo ralo a cada
novo dia ou noite.
(Dine)

Ficção:

Um poeta se faz de
carne & versos
em suas poesias
ou na cama
Há milhares de versões
sobre mim
milhares de palavras
& metáforas
e ele perdido nos seus delírios
nunca sabe quem eu sou

(dINE)
Não adianta fazer corpo mole
se ficar parado,
o relógio te engole.

(Dine)
Autodestruição
alô alô
humanidade,
essa não é a opção!
(Dine)

quinta-feira, 10 de março de 2011

Não fique com medo
do pecado
Os livros sagrados mentem muito
sobre o profano & sagrado
não limite os prazeres da vida
Ora,se teu deus,acha sacrilégio
o filho ser feliz.
Se o gozo da vida é o pecado
Melhor que ele esteja
como o filósofo alemão diz:
morto e enterrado.
(Dine)

quarta-feira, 9 de março de 2011

Quero casamento e emancipação com o mundo
e não ter que me preocupar em qual cama me deito
pois o mundo inteiro será minha cama
sem preocupação se sou dama ou meretriz
puta ou imperatriz
Quero todos os contratos
e por tê-los todos em minhas mãos,
não dar validade a nenhum
quero tudo,todos: nenhum
(Dine)

Vamos?


Go?


Juventude transviada?


segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O que eu tinha era um nome
e o nome já não me dizia muita coisa
Já não produzia grande emoção
a não ser muita dúvida e saudade
o que eu queria era o que eu não tinha
e o que eu tinha era só um nome.
(Dine)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

O mundo acordou com seus 32 dentes afiados e pontos para serem expostos.Para rir e salivar em cima de cada pedaço de carne morta ou vestígio de vida medíocre.Ouvia-se o ranger da dentadura e era ensurdecedor,ele já não aguentava ser sujeito observador nesta história mais que milenar.Estava cansado de ser cenário e o único espectador-ator que jamais abandonava a cena.O que estragava era aqueles inúmeros personagens que não conseguiam fazer sentido,só serviam mesmo para a pele de parasitas...
(Dine)

Lista

Um gesto de carinho
um caminhar de mãos dadas
o descobrir de corpos
e os dias passando
duas pessoas se construindo
e tentando costurar-se
uma na outra
Uma noite de chuva
e a tentativa de espantar
na cama o frio
A tela do tempo sendo
pintada a 4 mãos
e as mãos fazendo desenho inversos
4 mãos e mais de 4 atos
havia 4 paredes e um punhado de sensações
mais de 3 caixas de camisinhas
e 1 de bombom
mais que uma amizade
e promessas que tinham a validade da eternidade
mas que um caminho
e a costura tinha que arrebentar
viver deveria bastar...
foi preciso mais que isso
um capítulo do livro que custa a ser lido
mais que uma dor que não quer passar...
(Dine)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Aquela velha tv nos trás
notícias novas
notícias quentes
requentadas em folhas velhas
requintes de crueldades
na deformação do conteúdo
ou na deformação que
o corpo sofreu pelo agressor
um assalto na esquina
ou um adultério da primeira dama
as notícias novas,pasmem,
são apenas velhas formas
escândalos do século passado
revivido em um papel ou tela contemporânea
tele-notícias,tele-mentira
A novidade vem veloz pelos corredores
mas se percebe que está perto dos holofotes,
passa de cabeça baixa e
em silêncio
a novidade,vestida de verdades se faz muda
pois toda vez que grita aos quatro ventos
a prendem e algemam
e lhe dão outro nome
cortam sua língua
a expõem em horário nobre
com outras peles
A novidade se cala por que não quer
vestir uma roupa que cheira a mofo
nem fazer um papel de fantasma
a novidade esconde a voz
por que não quer virar notícia
e deixar de existir...
(Dine)

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Eles estão correndo rumo ao futuro
sem saber que a festa é aqui
Estão correndo com
os melhores tênis e amotecedores
mas não dará para
amortecer o impacto da queda
com a chegada do futuro
Futuro-construção do que se foi feito antes
pra ser usado depois
Então me diga cidadão,
se você não construiu nada
enquanto corria
desenfreado rumo ao futuro
que ventos virão?
(Dine)

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

E a saudade produzia
uma espécie de
ser perfeito
voltar ao lugar
de origem
era matar o personagem
e ir de encontro ao real
(Dine)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Transcender o meu corpo
e ceder ao teu desejo
Eu tenho sede é de você
E rasgar a seda do teu vestido
e fazer sentido
Eu tô querendo é beber na tua boca
Eu tô querendo entender a
tua forma de esfinge
Decifra-me ou te devoro
Devoro.
(Dine)

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Os homens & suas neuroses
vivem ouvindo vozes
eles & suas loucuras
sempre pulando de grandes alturas
Convivendo com seus defeitos
na ilusão de serem homens feitos
Desconhecendo de onde vieram
e querendo sempre saber pra onde vão...
(Dine)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A casa fechada
o corpo aberto
esperando o tempo fechar as feridas
[e escapar pela janela ao lado]
(Dine)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Toda manhã acordava-se
com aquele cheiro de café velho
ninguém mais naquele ambiente decadente
sabia preparar um café ou escolher grãos
acabavam por não reconhecer o bom gosto
degustadores de poeira e mofo
Fadados a receber em suas bocas algo
frio e amargo:
o descaso por novas receitas
[Dine]