sexta-feira, 1 de maio de 2009

Nada menos

Marcela olhou a pratileira cheia de livros , seus olhos bateram bem em cima daquela velha edição de Brás Cubas , há quanto tempo não lia nada de Machado? Sem exitar , pegou o livro dedicada a ler até o sono tomar conta de seu corpo e mente. E antes das palpebras começarem a pesar se deparou com um trecho em que seu nome aparecia:

"Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis; nada menos "


Marcela reparou e não quis conter o riso dentro de si .Lembou ter amado mais que apenas 15 meses e não foi por dinheiro . Havia amado por noites (e as noites) , amou as mãos pelo seu corpo , os momentos de segurança , as conversar simples , o chocolate quente , os beijos , abraços de conforto. Amou os almoços de dumingo e os de qualquer dia comum , amou ser princesa em um casteli invisível e os dias de chuva (com compania) . Até as brigas tinham um gosto meio doce (elas não demoravam muito , não tinham forças).Amou em todos os momentos possíveis e até quando não podia . Amou cabelos , caminhado , os gestos simples , sorrisos e os segundos de corpos unidos...

Mas assim como a personagem machadiana ( e talvez por motivos diferentes) , parou de amar em um (in) determinado dia. Agora o sono chegara , fechou o livro . As duas marcelas dormiam , se perdiam , com amor ou não


(Ariadne)

3 comentários:

Lorena Guimarães disse...

Lindo Dine ..ameiii!
;**

Jhéssica disse...

"Mas assim como a personagem machadiana ( e talvez por motivos diferentes) , parou de amar em um (in) determinado dia. Agora o sono chegara , fechou o livro . As duas marcelas dormiam , se perdiam , com amor ou não"

Lindo, lindo, lindo [como diz o rribinha!] *-*
adorei dine, adorei..

beiijo!! **

Universo Cidade disse...

hoje eu tou fraquinha...