quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Incontáveis copos & corpos
quebrados pela noite
derramando no chão seus
líquidos e angústias
Injetam em si heroína e
tentativas baratas de sufocar o vazio que sentem
noite após noite
rastejam pelas ruas e bares da cidade
camuflando seus rostos e dores
Querem para si,momentos de euforia
para quem sabe assim,mostrar ao público/multidão
uma realidade ausente em suas vidas
mas não percebem que ao tentar mudar seus estados de
espírito com tão baratas doses de ácidos
as suas imagens aparecem em carne viva
na maior nitidez jamais vista
entre sorrisos amarelos,baganas de cigarros,por trás dos olhos,
no auge da madrugada,no meio dos copos e corpos vazios:
decadência e solidão
(Dine)