Semana passada se não me engano vi um post do Marcelo Mayer que martelou um pouco em minha cabeça.Falava da relação escritor-leitor.Muitos pensam que um blog é uma espécie de confessionário e ao ler acham que tudo ali escrito e real,autobiográfico.Céus, e onde está a imaginação do cara que passa peso e poesia pro papel?Até acho que de certa forma tudo que alguém escreve está intimamente ligado a sua personalidade pois se escreve sobre coisas que saltam aos olhos e juízo,ou porque gostamos ou por acha-las tão absurdas que merecem ser discutidas.Porém,pra bagunçar,sempre vem um leitor com seus comentários: "nossa que chato isso que aconteceu com você" , " esquece ele amiga" , "ela nunca te mereceu mesmo". Escritor e Leitor,relação difícil essa.Eu por exemplo,conheci autores com textos excepcionais mas quando fui falar sobre as coisas escritas,parecia que suas ideias morriam ali no papel,seus textos não pediam comunicação com o mundo,apenas letras derramadas em solo branco.Desde então me interesso por textos e não por autores,quando leio algo,o vejo como um orfão,não penso em seu pai.Mas nem todo mundo é assim e o pior é que quase sempre não se tem a sensibilidade de perceber o que é real,ficção ou autobiográfico,assim fica chato ,alguns tentando traçar o teu perfil psicológico só pra poder depois te dar um conselho...
(Ariadne)
quarta-feira, 28 de abril de 2010
terça-feira, 27 de abril de 2010
Preto & Branco
Na cama eu deixo de ser a sacerdotisa do templo e você já não será mais deus.Homem e mulher apenas,tudo que havia de lúdico e místico evapora em um ato.Ali ganharemos outras lentes e consciência do que nos faz mortais.Não nos reconheceremos mais,tornaremos a ser apenas espectros,fosseis perdidos em um labirinto de ideias...
(Dine)
(Dine)
sábado, 24 de abril de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Depois daquela conversa avassaladora,Sabrina estava desnorteada.Tudo que ouviu mais parecia que se convertia em potentes socos quando ela captava a mensagem.Tinha a sensação que o avanço da conversa o chão ia sumindo,no final,olhou para baixo e não viu nada.Caiu!Tudo escuro e caotico.Sentiu-se só e em um labirinto.Estava perdida.Ainda que estivesse na porta de seu apartamento,perdida.Perdida em seu labirinto de ideias e com vários minotauros.Não teve forças perante a tantos monstros mitológicos ou não.Sentou-se frente a porta (que não apresentava nenhuma saída ) -Chorou.Desabou.Explodiu.O martelo de Nietzsche caíra sobre a sua cabeça e ela já não mais tinha convicções.Sentiu um vazio tão assustador que no final já não tinha medo,as forças foram escorrendo vagarosamente junto com as lágrimas.Não estava calma mas sim,anestesiada.Sentia seu corpo sujo com conceitos que cheiravam à atraso.Quis banhar,usar algo pra tirar toda essa poeira do corpo,encheu a banheira com água e mergulhou.Queria que automaticamente ao lavar o corpo,banha-se também a alma.Mas como com os pés no chão querer alcançar o infinito?
(Dine)
(Dine)
quarta-feira, 21 de abril de 2010
segunda-feira, 19 de abril de 2010
domingo, 18 de abril de 2010
quinta-feira, 15 de abril de 2010
terça-feira, 13 de abril de 2010
Finais possíveis
Temos que seguir na direção contraria meu bem!
Essa história já foi contada,muito mal contada,
esqueça todo o conto e faça outros finais...
(Dine)
Essa história já foi contada,muito mal contada,
esqueça todo o conto e faça outros finais...
(Dine)
O paradoxo do etnocentrismo
Ao estudar a cultura do outro,o pesquisador deve estar despido de todos os pré-conceitos para compreender da melhor forma os ritos e história do povo em questão e obter um bom aproveitamento em seus estudos no entanto,é praticamente impossível manter uma total parcialidade pois manter-se neutro é como negar seus próprios valores,traços culturais.E esse ato de comparar duas ou mais culturas que a priori não não deviam manter esse tipo de relação é o paradoxo do etnocentrismo - a cultura do pesquisador dialogando com a cultura dos povos estudados por ele.
[Dine]
[Dine]
sábado, 10 de abril de 2010
Uma jogada de gênio
Se eu tivesse que recomendar um filme esses dias seria "Uma jogada de gênio".Não é que tenha efeitos visuais ,jogadas de vanguarda ou algo do tipo.O filme alias é bem simples( e cativante).Um querido professor meu, em suas aulas de geografia,falando de globalização nos dizia que todos os homens (e seus valores)tem um preço.Ficarei satisfeita em mostrar o filme .Extremamente feliz em ver um homem não sucumbir perante um grande império,torci e vibrei ao vê-lo lutando por seus ideais.Meu professor não estava errado:todo homem tem seu preço.E o preço de Robert Kearns era a sua verdade (e não perder seus valores).Um filme hoje?
UMA JOGADA DE GÊNIO!
beijos
dine
sexta-feira, 9 de abril de 2010
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Olhar pro mundo sem usar nenhum colírio nos faz aprender a ver as coisas sem tanta maquiagem e eu pensava já ter visto tudo e saber todos os passos da vida mas você chegou e mudou a música.Me puxou pra perto de si e pôs nossos corpos em contato.Segurou minha mão e me conduziu por salões e camas.Fazia do meu corpo algo mais que um simples objeto,meu corpo era seu corpo.Você e eu confundidos em boleros e olhares,sem nada marcar mas sempre com as falas e ações certas,sem nada marcar mas sempre nas horas exatas.Entre tangos e beijos - me apaixonei.
(Dine)
(Dine)
quarta-feira, 7 de abril de 2010
É de dito popular e todos sabem:há histórias pra boi dormir e ultimamente não só os bois;os homens ,em profundos sonos,sonham estar acordados.Entorpecidos em histórias e fantasias lisérgicas[ou não] pensam estarem sentindo e vivendo.Não precetem o abismo e a queda.Sem saber mergulham em alucinações baratas e verdades caricatas.Nas falas mais absurdas deixam o sono tomar conta de si,perdem a razão e ainda assim se acham muito sensatos...
(estão todos surdos-cegos-mudos)
(Dine)
(estão todos surdos-cegos-mudos)
(Dine)
terça-feira, 6 de abril de 2010
O Baile Dinesíaco
Recolhendo as sapatinhas encharcadas de Red Label,Dine seguiu - num balé sem postura - saudando os convivas.Os espelhos não compreendiam os signos dos seus fios - Cachos de Dionísio renegado;ela só estava ali para colocar a boca e o vinho no mundo,"na minha mostra parcial de mundo".Repentinamente ,Dine e suas garrafas da verdade banharam tudo e todos daquele festim social.Seus pés de menina nomânde clamando aventura e amor nada tinham de complexos,apenas traduziam a bela mensagem à sociedade de taças invertidas: HIPOCRISIA.
(Luiz Gomes)
Em resposta ao "Baile de Luiz- Dine"
domingo, 4 de abril de 2010
O meu poeta não me
faz de musa,nem me
prende com algemas
ou em suas metáforas do absurdo
O meu poeta não me amarra em camas
ou em versos
Usa e abusa mas
não consegue acertar o alvo
O meu poeta não conhece terno e gravata
nem os mistérios de se usar um relógio
É o louco que grita pelas ruas em dias de
domingo suas meias mentiras
Ele não me prende
mas com as algemas soltas - rende...
Dine
faz de musa,nem me
prende com algemas
ou em suas metáforas do absurdo
O meu poeta não me amarra em camas
ou em versos
Usa e abusa mas
não consegue acertar o alvo
O meu poeta não conhece terno e gravata
nem os mistérios de se usar um relógio
É o louco que grita pelas ruas em dias de
domingo suas meias mentiras
Ele não me prende
mas com as algemas soltas - rende...
Dine
sábado, 3 de abril de 2010
Matheus
O universo conspirou ao meu favor e eu sei que no dia que eu conheci aquele anjo (torto,louco,muito louco) no céu havia um sorriso macio de missão cumprida e a chuva que caia era pedaços líquidos das gargalhadas dos deuses.Agora toda vez que vejo os caracóis dos seus cabelos tenho vontade de segurar sua mão e não largar mais.A sensação é que ele veio para tirar todos os meus sonhos do paralelo de tecidos imateriais e torna-los histórias vivas.É como se fossemos conhecidos de velhos tempos e eu agora ando acreditando em vidas passadas,amor a primeira vista e passes de mágica,porque só com essas coisas é que se pode explicar tudo o que ele faz...
Ariadne
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