As palavras fogem e fogem
mas os corações ,
eles sim sabem de tudo!
(Dine)
sábado, 31 de outubro de 2009
Ah, que você me ensinou bem muito , até quando não percebeu .Hoje cê está meio no mundo da lua , meio que no espaço ... não sei ... olhando as cartas antigas e lembrando de tudo como se fosse velhas fotografias eu quase chorei ao perceber que gosto tanto do seu sorriso e que embora pra "sempre não seja todo dia " , eu te amo até o final ,mesmo não sabendo onde tudo isso vai dar!
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Eu quero poderes mágicos , tirar o mágico da cartola , a cartola do mágico, o coelho de seja lá onde esteja . Eu queria a telepatia , o tele transporte e o seu corpo a qualquer hora , não só o corpo ... Tava querendo aprender a voar , a nadar , pairar , pegar o relógio e fazer com que os ponteiros parassem , fingir ter amnésia e esquecer pra sempre a dor , parar de dormir , sonhar acordada e estando acordada , o sonho seria realidade , mandar as crises existências pro espaço,pro inferno , rir dos absurdos a tal ponto que me transformasse em um deles , ir ao encontro do furacão, ao precipício , entrar nas brigas e não ter nenhum arranhão .Pegar uns cigarros (legalizados ou não) ,danificar uns neurônios em prol de umas viagens , tava querendo uns discos ,umas roupas de super hérois e sair pela rua pensando ser uma criatura de revistas em quadrinhos , queria todos os venenos do mundo e ser imune a eles , mas sentir todos os delírios que eles podem provocar , tava querendo histórias e vidas , mil e uma noites e faces deixando de ser ocultas , eu tou querendo o mundo inteiro em um corpo (o meu)
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Sobre as tentativas de revoluções
1) Se uma revolução chega ao poder com sucesso ,não é mais revolução , é o cotidiano.
2)Se é bem sucedida ,logo aparecerá outra coisa para se "revolucionar"
3)As possibilidades de se mudar algo em grande escala são quase nulas pois até que a revolução chegue ao povo , o ideal inicial já foi distorcido para poder ser "incorporado pela massa"
*não é que eu queira falar "não façam , não vale a pena " , vale pra ter possibilidades de poder se dizer o que quer .Mas ...
você entendem o que digo?
2)Se é bem sucedida ,logo aparecerá outra coisa para se "revolucionar"
3)As possibilidades de se mudar algo em grande escala são quase nulas pois até que a revolução chegue ao povo , o ideal inicial já foi distorcido para poder ser "incorporado pela massa"
*não é que eu queira falar "não façam , não vale a pena " , vale pra ter possibilidades de poder se dizer o que quer .Mas ...
você entendem o que digo?
Pretérito mais que perfeito
A madrugada e o caminhar cansado (embriagado)
a madrugada e os pensamentos turvos
ou qualquer momento sem tédio e quem eu quero ao meu lado
(Dine - era tão bom o/)
a madrugada e os pensamentos turvos
ou qualquer momento sem tédio e quem eu quero ao meu lado
(Dine - era tão bom o/)
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Eu não tenho casa no mundo
mas tenho o mundo em minha casa
é a tal globalização
um globo inteiro de não ações
Eu não tenho um ninho pra chamar de meu
imbecilidade-normalidade-insanidade
não pertenço a esses lugares
(Deveria?)
Não consigo pousar na casa de nenhum joão -de-barro
ou chico (César,Buarque,Science)
Qual ave me pariu?
Não sei não sei
só sei que tem bicho vestindo terno e gravata que adora
cortar asas da imaginação , da arte , dos bem-te-vis
esses bichos tem uma anatomia bem parecida com a minha...
Será?
Será que sou um deles e ainda não percebi?
(Ariadne)
mas tenho o mundo em minha casa
é a tal globalização
um globo inteiro de não ações
Eu não tenho um ninho pra chamar de meu
imbecilidade-normalidade-insanidade
não pertenço a esses lugares
(Deveria?)
Não consigo pousar na casa de nenhum joão -de-barro
ou chico (César,Buarque,Science)
Qual ave me pariu?
Não sei não sei
só sei que tem bicho vestindo terno e gravata que adora
cortar asas da imaginação , da arte , dos bem-te-vis
esses bichos tem uma anatomia bem parecida com a minha...
Será?
Será que sou um deles e ainda não percebi?
(Ariadne)
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Vários universos , possibilidades de escolha e nós com o direito de pular de galho em galho e se firmar no qual achar melhor. Há tempos um filosofo grego já dizia não se pode banhar duas vezes nas mesmas águas de um rio . A carcaça pode ser a mesma mas por dentro... talvez hoje você se pareça mais com Manoel ou Thiago , Pedro é só o nome de batismo . Todos estamos no Teatro Mágico de Hesse! Com que rosto interior pareço hoje? Me pinto Sophia ou Mariana? Olga talvez... As crises existênciais devem surgir por se olhar no espelho e não se reconhecer, é que eles ainda não conseguem refletir as partes interiores , muitos observam a imagem formada mas não fazem a mínima idéia de quem seja aquela figura . O que se vê é um rosto (des)figurado
- Quem é aquele que me olha dentro do espelho?!
(Ariadne- não me perguntem pelo nexo em tudo isso!)
- Quem é aquele que me olha dentro do espelho?!
(Ariadne- não me perguntem pelo nexo em tudo isso!)
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Se encantava por mentes e corpos mas mentes são tão difíceis , já não sentia tanta empolgação ao decifra-las , o corpo era tão mais ...
No fundo era um lobo , não como o de Hesse, sentido literal apenas . E na cama via o outro como uma presa, gostava de observar,farejar,andava em círculos procurando o momento certo. Em quanto estava na fase de reconhecimento do território dava pra ver as presas e a saliva escorrer. O desejo pulsava por todo corpo.Ali o homem existente nele morria, surgia o lobo. Lançava-se em cima da presa como se estivesse em uma luta (e estava). Arranhava,abria espaços,lambia,mordia ,rasgava a pele e ainda bebia o sangue. Nada disso provocava dor. Não entendiam bem aquilo ,apenas aceitavam e procuravam um ao outro. Não morriam nem se machucavam no sentido real.Tudo que sentiam só tinha validade no território demarcado, fora dali, nada!Não morriam nem se machucavam a luta de corpos era mais um ritual de renascimento.Presa e caçador precisavam pertencer um ao outro e por instantes ter outras peles e comportamentos, depois da cena , em pouco tempo se reconstituíam da matéria inicial!
Lobos,presas e caçadores : seres humanos!
(Ariadne)
No fundo era um lobo , não como o de Hesse, sentido literal apenas . E na cama via o outro como uma presa, gostava de observar,farejar,andava em círculos procurando o momento certo. Em quanto estava na fase de reconhecimento do território dava pra ver as presas e a saliva escorrer. O desejo pulsava por todo corpo.Ali o homem existente nele morria, surgia o lobo. Lançava-se em cima da presa como se estivesse em uma luta (e estava). Arranhava,abria espaços,lambia,mordia ,rasgava a pele e ainda bebia o sangue. Nada disso provocava dor. Não entendiam bem aquilo ,apenas aceitavam e procuravam um ao outro. Não morriam nem se machucavam no sentido real.Tudo que sentiam só tinha validade no território demarcado, fora dali, nada!Não morriam nem se machucavam a luta de corpos era mais um ritual de renascimento.Presa e caçador precisavam pertencer um ao outro e por instantes ter outras peles e comportamentos, depois da cena , em pouco tempo se reconstituíam da matéria inicial!
Lobos,presas e caçadores : seres humanos!
(Ariadne)
Quando você morrer o meu mundo vai desabar e se eu quiser me segurar terei que fazer outro universo.Reconstruir o antigo seria fazer um altar , um museu e não há mente tão forte pra aguentar tantas lembranças a todo instante.
Quando você morrer a barreira que me protegia vai acabar e eu saberei pela primeira vez o que é sentir medo e os efeitos da insegurança . Chorar e soluçar feito criança pedindo pra você voltar , mas nós sabemos , mais cedo ou mais tarde isso acontece com todos. Tudo vai se modificar , até o gostar , era pra você o meu amor incondicional . Me diga , quando sobrar somente a lápide , ainda conseguirei dizer eu te amo sem me sentir hipócrita?Ah , me ensinou tantas coisas,partes indiscutíveis em mim são mais suas do que minhas , está enraizado nas falas,livros,até no modo de andar . Ah , não poderei mais te ver no teatro nem receber cartas suas, alias , não poderei mais nada e é justamente esse nada que me assombra e tira o sono , não iria ser simplesmente uma saudade boba e eu não poderei mata-la com uma passagem de avião ou telefonemas , será algo definitivo e sempre fui muito criança pra entender coisas definitivas.
Quando você morrer eu vou tremer nas bases , andar bem pertinho da loucura e dormir de mãos dadas com a insônia , por que mais de 6 bilhões de habitantes nesta tal planetinha Terra não suprem sua ausência . Sabe , sentirei uma angustia pois junto com teu corpo e com o coração que já não pulsa vai também embora as milhares de coisas que não consegui decifrar , junto a ti vão também todos os problemas que não fui capaz de te ajudar a resolver(não , não sabe e não entende). É estranho , eu nem sei realmente o que você é , a pessoa mais importante não sei desvendar.Amo um conhecido (com várias) sem face , tanto amor a quem não sei ...
Quando você morrer eu vou tentar ser forte, não vou deixar a peteca cair e desde já quero começar a montar o quebra-cabeça pra descobrir
Quem é você!?
(Ariadne)
Quando você morrer a barreira que me protegia vai acabar e eu saberei pela primeira vez o que é sentir medo e os efeitos da insegurança . Chorar e soluçar feito criança pedindo pra você voltar , mas nós sabemos , mais cedo ou mais tarde isso acontece com todos. Tudo vai se modificar , até o gostar , era pra você o meu amor incondicional . Me diga , quando sobrar somente a lápide , ainda conseguirei dizer eu te amo sem me sentir hipócrita?Ah , me ensinou tantas coisas,partes indiscutíveis em mim são mais suas do que minhas , está enraizado nas falas,livros,até no modo de andar . Ah , não poderei mais te ver no teatro nem receber cartas suas, alias , não poderei mais nada e é justamente esse nada que me assombra e tira o sono , não iria ser simplesmente uma saudade boba e eu não poderei mata-la com uma passagem de avião ou telefonemas , será algo definitivo e sempre fui muito criança pra entender coisas definitivas.
Quando você morrer eu vou tremer nas bases , andar bem pertinho da loucura e dormir de mãos dadas com a insônia , por que mais de 6 bilhões de habitantes nesta tal planetinha Terra não suprem sua ausência . Sabe , sentirei uma angustia pois junto com teu corpo e com o coração que já não pulsa vai também embora as milhares de coisas que não consegui decifrar , junto a ti vão também todos os problemas que não fui capaz de te ajudar a resolver(não , não sabe e não entende). É estranho , eu nem sei realmente o que você é , a pessoa mais importante não sei desvendar.Amo um conhecido (com várias) sem face , tanto amor a quem não sei ...
Quando você morrer eu vou tentar ser forte, não vou deixar a peteca cair e desde já quero começar a montar o quebra-cabeça pra descobrir
Quem é você!?
(Ariadne)
domingo, 11 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
Diria que foi interessante , aprendizado! Eis o informativo da escola! Não vou dizer que é bem o formato e o conteúdo perfeito mas é um começo! Só a parte do colégio apoiar e algumas pessoas
se proporem a fazer já valeu! Sempre tem as críticas e é bem legal as vezes dá a cara a tapa , pessoas odiando e dizendo "- Isso não parece um jornal e blablablá" , eles me pareciam Monteiro Lobato criticando os modernistas , os chamando de delinquentes . Não estou querendo dizer que o "com a boca no mundo" tem as proporções do movimento modernista . É que todo mundo diz , "ah vocês tem que criar , fazer algo" , e quando se faz , caem em cima dizendo : "esse formato não é igual ao da revista tal , não parece com jornal tal" , e a caso tem que ser igual a uma coisa ? Não podemos escolher?Sabe o que deu pra perceber?
As raízes da sociedade e seus modelos já estão impregnadas em pessoas de 15 , 16 anos , eles já pensam como seus pais! As possibilidades de cração são cada vez menores , é só repetição repetição!
(Dine)
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Muitas eram as coisas afastando fisicamente as duas meninas .Encontros cada vez mais escassos . A sorte ,o acaso ou seja lá o que for já não sorria nesses dias.Parecia haver uma barreira atrapalhando , estavam distantes e isso machucava . Uma precisava da outra e não tinha quem suprisse as necessidades de comunicação delas tão bem . Só elas tinham o remédio. Mas andavam agora com um vazio no peito e na alma . Carentes de preenchimento.Não podiam mais com isso. E quem pode? Dissolveram as horas , as distâncias e terrenos , correram ao encontro e não demorou muito! Não sei se percebiam mas havia um fio invisível ligando as duas .Embora a comunicação estivesse aparentemente congelada nestes longos dias de distância , na verdade tudo estava interligado . As mesmas dores e anseios ou em outras situações , se uma tinha a interrogação a outra tinha a resposta . Agora já estava tudo melhor , estavam juntas , matando o tempo , a saudade ...Pegaram uma agulha e começaram a costurar o céu e os pedaços quebrados do mundo, enquanto conversavam ,costuravam!Entrelaçavam ao céu suas idéias, histórias e foram misturando tudo até fabricarem uma colcha de momentos e ações mas só isso não bastava : delicadamente pegaram outra agulha e a passaram em zique-zague pelos corpos seus , aproximando , tornando 2 = 1 . Pronto ! Não havia de existir mais separações!
(Ariadne)
(Ariadne)
Quem são eles?
Seres autoritários travestidos de príncipes encantados . Dissimulados , movem céus e terras , imagine você que se houvesse uma poça de lama no meio do caminho se fariam de tapete para quem querem impressionar não se sujasse . Vestem fantasias , escolhem frases e lugares . Tão bons atores ,ganhariam o oscar , o festival de Canes ... O globo de ouro vai para ...
Depois de certo tempo se mostram com outras peles e gestos . Um lobo e cobram cada ato de gentileza , mostram as garras , sabem chantagear, querem ser amados,idolatrados , adorados , exigem certa fidelidade e lealdade e nem de longe isso tudo já citado pode ser o pior . É que os outros não são nada , a não ser peças sem significados , bonequinhos , serviçais , não importa se sentem qualquer coisa . Só são capazes de enxergar seus próprios umbigos como se fossem o centro do mundo [quem sabe do universo] . Dores & desejos? Não interessam , é só a vontade satisfeita deles ,somente isso .
Quem eles pensam que são?
(Ariadne)
Depois de certo tempo se mostram com outras peles e gestos . Um lobo e cobram cada ato de gentileza , mostram as garras , sabem chantagear, querem ser amados,idolatrados , adorados , exigem certa fidelidade e lealdade e nem de longe isso tudo já citado pode ser o pior . É que os outros não são nada , a não ser peças sem significados , bonequinhos , serviçais , não importa se sentem qualquer coisa . Só são capazes de enxergar seus próprios umbigos como se fossem o centro do mundo [quem sabe do universo] . Dores & desejos? Não interessam , é só a vontade satisfeita deles ,somente isso .
Quem eles pensam que são?
(Ariadne)
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
O que viu refletir naqueles olhos que pareciam dois imensos mundos?
A primeira vista não conseguiu nada.Tentava ir além , ver atrás dos olhos. Perfurar , mergulhar , penetrar no desconhecido mas eles eram tão absurdamente misteriosos que a deixavam em transe . Ficava em estado hipnótico e romper as barreiras já não conseguia ( existiam as tais?)
- O que viu refletir?
Agora via sua própria imagem. Nunca saberia o que tinha dentro da casa , as portas podiam estar aparentemente abertas mas tudo era tão enigmático que não conseguia nenhuma progressão . Só restava contemplar os mundos dos quais não era habitante . Olhava fixamente afim de encontrar um resposta , um caminho , uma chave . Parecia agora duas esfinge e a devoravam !
(Ariadne)
A primeira vista não conseguiu nada.Tentava ir além , ver atrás dos olhos. Perfurar , mergulhar , penetrar no desconhecido mas eles eram tão absurdamente misteriosos que a deixavam em transe . Ficava em estado hipnótico e romper as barreiras já não conseguia ( existiam as tais?)
- O que viu refletir?
Agora via sua própria imagem. Nunca saberia o que tinha dentro da casa , as portas podiam estar aparentemente abertas mas tudo era tão enigmático que não conseguia nenhuma progressão . Só restava contemplar os mundos dos quais não era habitante . Olhava fixamente afim de encontrar um resposta , um caminho , uma chave . Parecia agora duas esfinge e a devoravam !
(Ariadne)
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
domingo, 4 de outubro de 2009
O que estava sentindo naqueles últimos dias se resumia em uma única palavra : arrependimento
do que fez , do que não fez , por não ter ido até o fim da linha ,não preencheu por completo e nem se deixou preencher. Arrependeu-se das horas gastas em ações e nas tantas outras gastas apenas em suposições . Gradativamente as coisas iam se misturando na mente e na realidade . Passado , presente , palavras pronunciadas ou apenas pensadas,cenas vividas (ou não) , tudo isso num redemoinho , fundia e confundia cada vez mais . Queria apagar o primeiro dia , aquele aonde ela nem percebeu que ia dar num abismo e a queda livre seria dantesca. Queria esquecer ou arrancar de si o que sentia pra não tornar-se amarga , assim , quando acontecesse novamente , não se faria apática! Era isso , descobriu , percebeu ! Não arrependimento , era medo! Medo de perder a capacidade de voltar a fazer o que fazia com paixão e intensidade. Passar a borracha pra esquecer a dormência dos sentidos . Não queria ficar anestesiada . Queria estar sóbria e não queria uma temperatura diferente ... O pulso , não estou sentindo , onde está meu pulso? Está tudo girando , girando girando e ficando meio escuro ... Onde estou ? De repente eu não lembro mais de nada ,só de tudo escurecendo e acordando agora ... ah , sinto meu pulso novamente!
(Ariadne)
do que fez , do que não fez , por não ter ido até o fim da linha ,não preencheu por completo e nem se deixou preencher. Arrependeu-se das horas gastas em ações e nas tantas outras gastas apenas em suposições . Gradativamente as coisas iam se misturando na mente e na realidade . Passado , presente , palavras pronunciadas ou apenas pensadas,cenas vividas (ou não) , tudo isso num redemoinho , fundia e confundia cada vez mais . Queria apagar o primeiro dia , aquele aonde ela nem percebeu que ia dar num abismo e a queda livre seria dantesca. Queria esquecer ou arrancar de si o que sentia pra não tornar-se amarga , assim , quando acontecesse novamente , não se faria apática! Era isso , descobriu , percebeu ! Não arrependimento , era medo! Medo de perder a capacidade de voltar a fazer o que fazia com paixão e intensidade. Passar a borracha pra esquecer a dormência dos sentidos . Não queria ficar anestesiada . Queria estar sóbria e não queria uma temperatura diferente ... O pulso , não estou sentindo , onde está meu pulso? Está tudo girando , girando girando e ficando meio escuro ... Onde estou ? De repente eu não lembro mais de nada ,só de tudo escurecendo e acordando agora ... ah , sinto meu pulso novamente!
(Ariadne)
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Aquele ônibus já passou
A rotina matinal era simples : acordar cedo , banho , quando dava tempo podia tomar café e logo em seguida pegar o ônibus rumo ao colégio . No coletivo sempre as mesmas pessoas , de tão repetidas as faces já pareciam amigas . Atrasada como sempre , corre atrás do ônibus ,entra , passa a mão nos cabelos e vê uma única cadeira desocupada .Seu alvo é aquele local vazio . O acerta em cheio . Senta-se , meio sonolenta ainda pela noite mal dormida , ajeita os livros sobre as pernas e pensa em assuntos vastos . Há um rapaz ao seu lado , meio inquieto , depois de alguns minutos ele pergunta:
- Vai ao trabalho?
Por deus , ia ao trabalho com uniforme escolar?Nem se dar ao trabalho de abrir a boca e pronunciar a resposta , apenas mexe a cabeça em sinal negativo.
- Ah , vai a escola então!
Belo poder de observação o da pessoa ao lado , ela ri internamente ,novamente não complementou a frase .Mas o silêncio de uma conversa meio trivial interrompida é ensurdecedor . Os dois não tinham mais ações e Ana sentiu-se mal por deixar o moço meio constrangido .Ora , porque não achou nenhum assunto para continuar aquela conversa?Podia ter perguntado se ele estava indo ao trabalho , conversas assim , não precisam ser interessantes , mas não achou nenhum assunto , iam os dois sem palavras pronunciar , cabeças baixas , só se via um movimento constante das mãos do rapaz e a cena toda parecia cômica .Levantou -se e para Ana foi uma espécie de alívio , nem conseguia se mexer direito na cadeira ou agir normalmente , estava cansada de procurar um assunto para conversar, pensou em dar um tchau como tentativa de desculpar-se por ter abortado uma possível conversa. Não o fez ,apenas o viu levantar. Quando finalmente ele saiu ,pode ver algo escrito na camisa ,percebeu (para sua surpresa)poder ter alguma afinidade. Mas para hoje era tarde. Um contato só se fosse em outro dia.
Hoje aquele (ônibus) trem já passou...
(Ariadne)
- Vai ao trabalho?
Por deus , ia ao trabalho com uniforme escolar?Nem se dar ao trabalho de abrir a boca e pronunciar a resposta , apenas mexe a cabeça em sinal negativo.
- Ah , vai a escola então!
Belo poder de observação o da pessoa ao lado , ela ri internamente ,novamente não complementou a frase .Mas o silêncio de uma conversa meio trivial interrompida é ensurdecedor . Os dois não tinham mais ações e Ana sentiu-se mal por deixar o moço meio constrangido .Ora , porque não achou nenhum assunto para continuar aquela conversa?Podia ter perguntado se ele estava indo ao trabalho , conversas assim , não precisam ser interessantes , mas não achou nenhum assunto , iam os dois sem palavras pronunciar , cabeças baixas , só se via um movimento constante das mãos do rapaz e a cena toda parecia cômica .Levantou -se e para Ana foi uma espécie de alívio , nem conseguia se mexer direito na cadeira ou agir normalmente , estava cansada de procurar um assunto para conversar, pensou em dar um tchau como tentativa de desculpar-se por ter abortado uma possível conversa. Não o fez ,apenas o viu levantar. Quando finalmente ele saiu ,pode ver algo escrito na camisa ,percebeu (para sua surpresa)poder ter alguma afinidade. Mas para hoje era tarde. Um contato só se fosse em outro dia.
Hoje aquele (ônibus) trem já passou...
(Ariadne)
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