Ela supõe o rumo dos meus olhares
Tecendo em torno de si a teia
Com linhas de Medo
Mas eu que sou são
Sempre digo não à sua lógica pessoal
De inventar um vício onde é só distração
E é só isso que dá
Eu desviar o passo
Da valsa mecânica que rege
O ritmo comum de qualquer romance
É sempre pagar pra ver
E ouvir as sentenças mais duras
Sempre os mesmos maus minutos de prisão perpertua
Até que a saudade reclame
E a gente ame
Desse jeito imaculado
Só presente sem passado
Sem futuro!
Sempre esse tiro no escuro:
Pode dar em nada
Ou ferir de morte.
E eu que sempre peço: Pare!
Vou levando assim, lançando à sorte
Até que o tédio nos separe
(Vivaldo Simão)
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